sexta-feira, 2 de maio de 2008

Por não ter dado o que ele nunca pediu e por não ter esperado o que ele nunca prometeu foi neste mundo o meu melhor amigo e aquele a quem o espelho em que reflito teve sempre cautela de não ofuscar

contámos histórias de outras pessoas
calámos vozes vindas de dentro
deixámos pó por onde passámos
escondemo-nos os dois
á espera de um depois
que depois nunca convocámos

e da memória que ainda persiste
aquilo que me o faz querer esquecer
é o saber o que nunca lhe disse
e a maneira como o nunca tive de fazer.

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito bom Manuel.

Abraço,

Tomás