segunda-feira, 26 de maio de 2008


... Um ponto de interrogação no meio das respostas ...

domingo, 18 de maio de 2008

Tenho Vertigens


Não se perdeu toda a inocência certamente
mas aconteceu surgir no tempo
novo compasso, doente


Afinal...

Um puxão apenas
desata o laço sedoso
ponto de costura engenhoso
no trançado versado das escolhas


Quando...

Licenciosa perversão
provoca minha superfície polida
cálculos de usura e proveito
ameaçam render-me comprometida


Porque...

Desafino da origem
e precipito-me na vertigem
de soltar a mão e saquear o dia
viagens nos meus sonhos de soberania


e No entanto...

Um homem não é só ébano ou luz
cada resultado só participa
do entendimento que o produz

sábado, 17 de maio de 2008

Paula Rego


Pinóquio e a Fada Azul


Mulher-Cão


Três Ratos Cegos

quarta-feira, 7 de maio de 2008


Beirut - Gulag Orkestar

terça-feira, 6 de maio de 2008

Trama de Sempre



Dá-me mais palavras tuas

para eu me incendiar

Fui desarmada
e por agora
estou apaixonada

Essa atitude independente
é demasiado atraente
meio-fim para seduzir e invadir

quem pensa o que sente

Penso que sou desequilibrada
gravito hipnotizada
para o princípio-prazer de ser maravilhada
sem o cerco da minha censura

Em segredo
sobra um desejo perverso
sobra querer mais de ti
calor e corpo, o inverso
porque a inteligência é sexy

segunda-feira, 5 de maio de 2008


"Blastula" - Digital Art

"Framed" - Digital Art

domingo, 4 de maio de 2008

O Verbo



Para ti

por te querer dar mais
pelo amor à expressão
do que de facto importa

Só o que importa
aquele verbo capital
corda essencial
que me paralisa
hesitante e desajeitada
no seu abraço

Para ti
...
confissões
o fumo dos cachimbos de água
sal e água fria do atlântico
andar a pé
dias infantis
noites adultas
o quente da cama depois do meio-dia
café
caramelo
a pele queimada
os cabelos soltos
tanta música
incenso
terra
cigarros
magnólias ao amanhecer


Mesmo assim só importa
aquele verbo tão sensível

Asseguro-te que me sai melhor
quando o digo
e não estas comigo

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Por não ter dado o que ele nunca pediu e por não ter esperado o que ele nunca prometeu foi neste mundo o meu melhor amigo e aquele a quem o espelho em que reflito teve sempre cautela de não ofuscar

contámos histórias de outras pessoas
calámos vozes vindas de dentro
deixámos pó por onde passámos
escondemo-nos os dois
á espera de um depois
que depois nunca convocámos

e da memória que ainda persiste
aquilo que me o faz querer esquecer
é o saber o que nunca lhe disse
e a maneira como o nunca tive de fazer.