segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Não olhes agora mas


Ele vai cair
escorregar do trono
largou no sono
e deixou partir

O vão da escada
cedeu por nada
pancada
atrás de
pancada
deixou de ser segredo
ele já não tem medo.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Tento perder-me
mas teimo em encontrar-me
e não sei para onde fugir

Tentei comer-me
mas não tenho estômago
então deixei-me no canto da boca

Leio em leves ondulações
pronuncios de uma quimera impossivel
e ali não consigo mentir
deixo para trás o dever
e impossibilitado só consigo sentir
não me tenho mas consigo avistar-me
e sei que de lá não quero vir
mas acordo todas as manhãs
com aquele gosto colado ao céu da boca
e surpreso apanho-me a sorrir