sábado, 26 de abril de 2008

Desde que me lembro ser isto que sou
espero aqui, de promessa antiga , o concretizar
mas sei-o sem saber que há muito me abandonei
onde outrora sonhei nunca alguém me encontrar

assim espero, de pé, em resignada vigilia
a face que me prometi vir a encontrar
ansiando acalmar o grito que me corrói a alma
que clama não haver sonho em que eu possa tocar

e esta voz que insiste em acompanhar-me
fala cansada sem mais nada a entregar
do que a funesta oração do homem-morto
que diz que ela vem e que está quase-quase a chegar

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